
SÃO PAULO – O Procon-SP se reuniu na quarta-feira (15) com representantes do Banco Central (BC) para propor um valor máximo de R$ 500 de movimentações no Pix por mês. A proposta vem em meio ao aumento de fraudes no sistema e a ideia é de que o limite seja aplicado até que “hajam mecanismos de segurança suficientes”.
“Nós reconhecemos os benefícios trazidos pelo Pix e entendemos que não se pode travar o avanço tecnológico, mas é preciso que a segurança do consumidor seja garantida”, afirma Fernando Capez, diretor executivo do Procon-SP, em nota à imprensa.
Segundo ele, é dever do fornecedor arcar com eventuais prejuízos decorrentes do serviço prestado e o Procon-SP vai responsabilizar os bancos pelas perdas que o consumidor sofrer com esses golpes.
Outra proposta apontada pelo diretor ao BC foi quanto à possibilidade de fazer estorno de valores em transações realizadas para novas contas bancárias.
“Na abertura de novas contas, durante pelo menos 30 dias, que seja permitido o estorno e bloqueio da movimentação até que se confirme que se trate de um cliente idôneo e não de um laranja.”
Implementado em novembro de 2020, o sistema de pagamento instantâneo criado pelo BC já representa 30% do total de transações bancárias, mas também tem sido usado para aplicação de golpes por meio do WhatsApp, sequestros relâmpagos, problemas com QR Code, entre outros.
De acordo com o Procon-SP, de janeiro a agosto deste ano foram registradas 2,5 mil reclamações relacionadas ao Pix, sendo que só de julho a agosto foram mil. Os maiores problemas foram sobre devolução de valores e reembolso; SAC sem resposta ou solução; compra e saque não reconhecido; produto ou serviço não contratado; e venda enganosa.
Em agosto, diante de golpes, fraudes e crimes violentos, como sequestro relâmpago, o Banco Central limitou as transações via Pix a R$ 1 mil no período noturno (entre 20h e 6h) e anunciou novas medidas para ampliar a segurança dos usuários. Leia mais aqui.
Cuidados ao usar o PIX
Entre os cuidados recomendados pelo Procon-SP para evitar que o usuário caia em golpes e fraudes, estão o cuidado redobrado para solicitações via WhatsApp, sempre confirmando os dados antes de fazer o pagamento, e evitar clicar em links enviados por e-mail ou SMS ao fazer a transferência.
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Também é recomendado manter o celular bloqueado com senha ou biometria, além de deslogar os aplicativos financeiros ao terminar de usar.
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