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Thursday, December 16, 2021

Soja: Clima seco e muito quente castiga lavouras da AMS e Chicago fecha em alta nesta 5ª feira - Notícias Agrícolas

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Na carona do óleo de soja, que subiu mais de 2% somente nesta quinta-feira (16) na Bolsa de Chicago,os futuros do grão também encerraram o dia com boas altas, as quais variaram de 10,50 a 14,75 pontos nos principais vencimentos, com o janeiro valendo US$ 12,77 e o maio, US$ 12,84 por bushel. 

Além das altas do óleo - que vieram acompanhando o avanço do petróleo e alimentadas também por uma compra do derivado pela Índia nos EUA de 20 mil toneladas hoje - o mercado também continua muito atento ao clima na América do Sul. Os modelos seguem indicando poucas chuvas, escassas e mal distribuídas para os próximos dias, até a conclusão de 2021. 

Consultorias privadas ainda divergem sobre o tamanho das perdas que têm sido observadas na safra sul-americana em função das adversidades climáticas e, por isso, segundo explicam analistas e consultores, essa baixa na safra deverá ser efetivamente absorvida somente em janeiro. 

Caso elas venham a se confirmar e a depender de sua dimensão podem continuar provocando novas altas para a soja na Bolsa de Chicago. "Mas essa pode não ser um movimento duradouro", acredita Marcos Araújo, analista de mercado da Agrinvest Commodities. As exportações menores dos EUA neste ano comercial e a possibilidade de uma área de soja maior em detrimento do milho - por conta da alta intensa dos fertilizantes para a safra 2022/23. 

O cenário mais severo ainda se observa no Sul do Brasil, partes da Argentina - onde o plantio está concluído em 69% - e no Paraguai. Os relatos dos produtores é bastante preocupante e trazem perdas irreversíveis, como é o caso de Ricardo Bagateli, de Alto Paraná Sul, no Paraguai. Ele contabiliza 6300 hectares na região sendo castigados pela seca e pelo calor intenso, ainda incapaz de contabilizar as perdas. 

"A quebra é bastante grande, a situação é muito complicada e toda nossa margem de lucro já foi. Agora estamos torcendo para conseguir cumprir os contratos", explica Bagateli. 

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Fotos: Ricardo Bagateli

A realidade do produtor se repete em áreas do Rio Grande do Sul, de Santa Catarina, Paraná e em partes de Mato Grosso do Sul. Para a Argentina, os últimos dias foram de chuvas ligeiramente melhores, o que permitiu um avanço dos trabalhos de campo, mas com dias de precipitações limitadas nos próximos dias. 

"Algumas pequenas microrregiões, que receberam algumas chuvas no fim de semana,  a situação se amenizou um pouco, mas é muito pouco. A região de São Alberto,  referência importante para a soja do Paraguai, está  muito feia. Lavouras plantadas, a maioria em setembro,  estão morrendo dia após dias em pleno enchimento de grãos. O potencial é de apenas 30 sacas por hectare", relata o produtor rural Neivo Fritzen. 

As fotos abaixo foram enviadas ao Notícias Agrícolas por Edirlei Dalke e mostram os campos de soja sofrendo com efeitos da estiagem na região de Santa Rita, também no Paraguai. 

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PREÇOS NO BRASIL

Os preços da soja no mercado brasileiro acompanharam os ganhos em Chicago e encerraram o dia com altas que chegaram a 2,41%, como foi o caso de Ponta Grossa, no Paraná, levando a saca de R$ 170,00 no mercado física. E mais altas foram observadas em praticamente todas as praças de comercialização pesquisadas pelo Notícias Agrícolas. 

Nos portos, as referências fecharam o dia com estabilidade, se equilibrando entre as altas de Chicago e a baixa do dólar frente ao real. A moeda americana terminou a quinta-feira com R$ 5,68, perdendo 0,50%. Ainda assim, os preços são altos.

A soja disponível fechou com R$ 170,00 em Paranaguá, como referência, e em R$ 169,00 no terminal de Rio Grande. Para safra nova, R$ 164,00 e R$ 162,00, respectivamente. Para janeiro/22, em Santos, o dia fechou com R$ 163,00 por saca. 

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